segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Liberdade

Olá, sou o teu pânico escondido
que se manifesta agora, que não tenho nada a perder
quando tudo está feito e dito
e antes que comeces a esquecer
fui eu que deitei os teus demónios p'ra fora
quando precisaste de respirar
para pensares , fluíres na realidade
por favor um pouco mais de claridade
porque estás cega, surda e encarnas
um demónio heterónimo
produto do teu ego
nesta atmosfera , apercebeste-te
que sou que te cego
nestas conspirações, são revelações
que marcam
Pum, os outros sofrem
o mundo não gira à tua volta, vês?
Que é esta mera realidade
que não a identidade de cada um na sua memória
no seu cenário moldado aos seus pensamentos intrisecos ?
Por favor, reflecte, pára, sabes que tu não és eu
suguei-te a vontade de viver como antes,
não quero te ver criar, não quero que cantes
muito menos que prosperes
 sei o meu inimigo
é esse  teu sorriso, é essa tua capacidade de veres a
luz quando de escuridão te cerquei
 a que durante meses e meses não te poupei
agora matas-me com essa serenidade
tens amor dentro de ti, essa é a minha fatalidade
despeço-me de ti , acho que te dei uma lição a valer
estou sempre à espreita , não te podes esquecer
é a tua hora de voltar a brilhar, rendo-me por fim
cuida dos outros, deixa os outros cuidar de ti,
nunca te esqueças de te amares, vai, e não me deixes voltar
 não há pior que um pouco do teu próprio veneno
para te voltar a assombrar.